"Não creio em nada senão na existência das minhas sensações; que não tenho outra certeza, nem a do tal universo exterior que essas sensações me apresentam. Eu não vejo o universo exterior, eu não ouço o universo exterior, eu não palpo o universo exterior. vejo as minhas impressões visuais; ouço as minhas impressões auditivas; palpo as minhas impressões tácteis. Não é com os olhos que vejo, mas com a alma; não é com os ouvidos que oiço, mas com a alma; não é com a pele que palpo, é com a alma. E, se me perguntarem o que é a alma, respondo que sou eu."
(Campos, nas suas «Notas para a Recordação do meu Mestre Caeiro»)
A partir da carta a Adolfo Casais Monteiro
*nasceu em Tavira a 15 de Outubro de 1890 (às 13:30);
*”Teve uma educação vulgar de liceu”;
*foi para a Escócia estudar engenharia, primeiro mecânica e depois naval (Glasgow);
*numas férias fez uma viagem ao Oriente de onde resultou o “Opiário”;
*um tio beirão que era padre ensinou-lhe Latim;
*inactivo em Lisboa;
Fisicamente:
*usa monóculo;
*é alto (1.75 m);
*magro, cabelo liso apartado ao lado;
*cara rapada, tipo judeu português;
"Quando estou muito triste, leio Caeiro e é uma brisa. Fico logo calmo, cantante e com fé em Deus, na alma, na pequenez transcendente da vida depois de ler os poemas deste ateu de Deus e do homem sem além na própria terra."
(Álvaro de Campos, «Notas para recordação do meu Mestre Caeiro»)